Escolas municipais buscam criatividade frente ao desafio de ensinar remotamente

Escolas municipais buscam criatividade frente ao desafio de ensinar remotamente

As Escolas de Ensino Fundamental I e II de Matão, bem como o Ensino Médio da escola Adelino Bordignon, tem enfrentado, em tempos de pandemia, um complexo desafio: criar aulas atrativas para os alunos, envolvendo-os num processo contínuo de ensino e aprendizagem, a fim de evitar que sejam ainda mais prejudicados com a pandemia, em sua fase vermelha. Outro desafio ainda maior, é criar o material físico, com atividades didáticas e pedagógicas, impressas, para suprir a demanda dos alunos que não possuem acesso a internet e não dispõem de computadores ou celulares, tecnologias necessárias para acompanharem o desenvolvimento das aulas remotas.

O prefeito Adauto Scardoelli, que também já atuou como professor, considera que “as dificuldades do setor educacional nesse momento tão difícil, no qual estamos sobrevivendo frente a pandemia, são inéditas, mas não podem vencer a força dos professores empenhados em criar situações favoráveis a aprendizagem dos alunos”.

Nesse sentido, o Secretário de Educação e Cultura, Alexandre Luiz Martins de Freitas, ressaltou sobre “a importância das ideias inovadoras e criativas na hora de planejar as atividades educacionais, já que o meio virtual jamais terá a mesma qualidade da presença física, por trazer possibilidades perceptivas capazes de provocar a atenção e imersão do aluno, o que possibilita a assimilação e a construção do conhecimento”.

O professor Clóvis Alves Siqueira, recorreu a criatividade para inovar as aulas de matemática voltadas ao 7º ano, da escola Adelino Bordignon. Ele usa uma mesa virtual digitalizadora, acoplada ao notebook, o que lhe permite demonstrar, simultaneamente, os desenhos e cálculos, de forma expositiva, enquanto explica os exercícios, oralmente aos alunos, que por sua vez, acompanham atentamente a explicação detalhada da matéria. “Nós professores, assim como toda humanidade, não esperávamos por essa pandemia, que ainda não se sabe quando vai terminar. A dimensão do problema é gigante, por isso é importante dar continuidade aos estudos, pois a qualidade da atuação profissional desses adolescentes, num futuro próximo, está sendo planejada agora”.

Clóvis, realiza suas aulas pela plataforma zoom, com duração de 1h30, grava, posta no youtube e, por fim, conversa com os pais dos alunos, que não participaram da aula, através do grupo de whatsApp e lhes orienta sobre os conteúdos desenvolvidos. Ao final desse processo virtual: identifica os estudantes que não possuem acesso a internet e nem computadores; entra em contato com eles via telefone; planeja o material físico e combina com pais e alunos, a dinâmica da retirada do material no endereço da escola.

A diretora da Escola Adelino Bordignon, Maria Paula Ciarantola Bottura, lembrou que, “a autonomia enquanto direito do professor permite que o profissional escolha qual a plataforma digital usar com seus alunos, que podem ser: Google meet, Zoom, Teams, ou até mesmo o WhatsApp.

Entretanto a pandemia exige do professor uma postura de engajamento, criatividade e força de vontade no sentido de lidar com o desafio de criar aulas que despertem nos alunos o interesse em se conectar com as plataformas digitais para absorver o conteúdo e adquirir o conhecimento.

Por outro lado há alunos que apresentam maiores dificuldades intelectuais para acompanharem as aulas remotas, por falta de habilidades com as novas tecnologias. “Nossas equipes de diretores, coordenadores e professores estão atentos a todos os casos, preparando materiais físicos, que já estão sendo entregues na porta das escolas para os pais e alunos”, ressalta Claudionice Pereira Bellintani, diretora da Secretaria de Educação.

Mais parecendo um apresentador de televisão, o professor Bruno C. Chimello, leciona matemática na EMEF Prefeito Celso de Barros Perche, utilizando-se da sala de vídeo do Centro de Atendimento a Juventude-CAJU: olhos concentrados na câmera do notebook; ouvidos atentos as dúvidas dos alunos; exposição de exemplos de frações, escritas à mão e com o giz branco no quadro verde. O método didático e inovador representa a perfeita junção das tecnologias tradicionais com as atuais plataformas educacionais que resultam em criatividade de sobra.

A Escola EMEF Benta Maria Ragassi Scutti- CAIC desenvolve atividades artísticas e culturais durante o período complementar dos aluno de 1º à 5º ano do ensino fundamental, voltadas a arte, educação, esporte e tecnologia. O professor de Tecnologia Educacional, Luiz Sabino, contou que: “um grupo de educadores do CAIC, vem se dividindo em subgrupos, para criarem aulas e gravarem vídeos, que são compartilhadas através do WhatsApp dos alunos, com o propósito de manter o vínculo e propor atividades que contribuem, com o processo de ensino e aprendizagem”. O professores de Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e da Educação de Jovens e Adultos também têm buscado estratégias diversificadas com o uso da tecnologia para alcançar os alunos, minimizar os prejuízos do distanciamento e assim prosseguir avançando nos processos de aprendizagem. Aos grupos de alunos que possuem maior acesso à internet são ofertadas videochamadas, jogos e aplicativos que reforçam os conteúdos ensinados e para os alunos com alguma dificuldade é fornecido material físico e o ponto de encontro com todos tem sido através dos grupos de WhatsApp.

Para tanto a Secretaria de Educação e Cultura, orienta todos os professores a participem das oficinas promovidas pelo departamento de Cultura, que através da Lei Aldir Blanc, desenvolve oficinas de formação continuada, voltadas ao uso de ferramentas e tecnologias do virtual.

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